Como falei no post anterior, lido diariamente com um transtorno mental. Sendo ávida por livros e maravilhada pela psicologia, gosto de me aventurar em histórias cujos personagens possuem distúrbios ligados a mente. Muitas vezes a sensação é de acolhimento, por isso trago hoje indicações literárias para curiosos e portadores.
1. A solidão dos números primos
Sinopse: Dois acidentes dão a partida à cadência da trama: Alice é uma menina que fora forçada pelo pai a ser uma brilhante atleta. Em um dia de treino, sofre uma queda que a deixará marcada para sempre. Mattia é um pequeno gênio da matemática. A caminho de uma festinha de aniversário, deixa a irmã gêmea, da qual se envergonha, sozinha num banco de praça e nunca mais a vê. Marcados por suas histórias e um sentimento permanente de inadequação, Alice e Mattia se conhecem na escola e, desde então, ficam cada dia mais unidos. A fixação por belas imagens faz com que Alice torne-se fotógrafa. Mattia tem uma maneira particular de ver o mundo, sempre por teoremas matemáticos – e não por acaso torna-se um brilhante cientista. E é assim, através do olhar aguçado de Alice e das hipóteses lógicas de Mattia, que Giordano conduz a narrativa densa e sensÃvel de seu premiado romance de estreia. Segundo o autor, os protagonistas “são tÃpicos representantes de uma burguesia abastada, que dá conforto aos filhos, mas os deixa sozinhos”. É de maneira cortante que Giordano dá conta desta solidão – como ao descrever o pai que não se dá ao trabalho de tirar o cinto de segurança para dar um beijo no filho, ao deixá-lo na escola. Ou a famÃlia que não percebe a anorexia da filha, disfarçada por uma barreira de copos diante de um prato de refeição intocado.
Observação: Esse livro é pesado, no sentido em que aborda de forma real a anorexia e autolesão não suicida, então tome cuidado, apesar dessa obra ser ótima pode atuar como um gatilho para quem sofre com esses distúrbios.
2. O lado bom da vida
Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercÃcios fÃsicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que "é melhor ser gentil que ter razão" e faz dessa convicção sua meta. Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Observação: Ambos personagens principais foram diagnosticados com depressão.
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3. Razões para continuar vivo
Sinopse: “Quando eu tinha 24 anos, eu quase me matei. Na época, eu morava em Ibiza, Espanha, na parte tranquila da ilha. Minha casa era bem perto de um penhasco. Em meio à neblina da depressão, caminhei até a beirada do precipÃcio e olhei para o mar, para a costa acidentada de pedra calcária, pontuada por praias desertas. Era a paisagem mais linda que eu já tinha visto, mas na hora aquilo não tinha importância. Eu estava muito ocupado tentando reunir a coragem que eu precisava para me jogar dali. Não me joguei. Em vez disso, recuei e vomitei tudo que estava sentindo.Mais três anos de depressão se seguiram. Pânico, desespero, batalhas diárias.Mas eu sobrevivi. Naquela época, eu tinha certeza de que não conseguiria passar dos 30. A morte ou a loucura total pareciam mais realistas. Já passei dos 40. Hoje vivo cercado por pessoas que amo, fazendo um trabalho que nunca imaginei que faria e passo meus dias escrevendo.Fiquei muito feliz por não ter me matado, mas continuei me perguntando se havia alguma coisa para dizer à s pessoas que estão passando por esses tempos sombrios. Essa é minha tentativa.”
Observação: Trata-se da autobiografia de um homem com depressão.
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4. As vantagens de ser invisÃvel
Sinopse: Cartas mais Ãntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visÃvel os problemas e crises próprios da juventude.
Observação: Charlie é um adolescente que sofre com depressão.
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5. A diferença invisÃvel
Sinopse: Marguerite tem 27 anos, e aparentemente nada a diferencia das outras pessoas. É bonita, vivaz e inteligente. Trabalha numa grande empresa e vive com o namorado. No entanto, ela é diferente. Marguerite se sente deslocada e luta todos os dias para manter as aparências. Seus movimentos são repetitivos e seu universo precisa ser um casulo. Ela se sente assolada pelos ruÃdos e pelo falatório incessante dos colegas. Cansada dessa situação, ela irá ao encontro de si mesma e descobrirá que é autista – tem a SÃndrome de Asperger. Sua vida a partir daà se transformará profundamente.
6. Cérebro autista
Sinopse: Ao mesclar novas e surpreendentes descobertas com a sua própria experiência como autista, Temple Grandin evidencia os avanços cientÃficos neste campo, compartilha conosco suas ressonâncias cerebrais para mostrar quais anomalias podem explicar os sintomas mais simples e, de forma animadora, argumenta que a educação de crianças autistas não deve centrar-se apenas em suas fraquezas, o que multiplica as formas de aproveitar suas contribuições únicas. Dos “Aspies” do Vale do SilÃcio até uma criança não verbal, Grandin compreende o real significado da palavra “espectro”, o que faz deste livro uma leitura essencial sobre o assunto.
Observação: Esse é um livro mais técnico e não ficcional sobre o espectro do autismo.
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